Capítulo 105
A família Batista havia conseguido trazer Noemi Macedo para o Grupo Macedo, mas foi difícil para mim tanto trazê-la quanto criar problemas para ela, já que eu mal falava com as pessoas dentro da empresa.
Eu estava realmente enfrentando problemas de todos os lados.
“Você não vai para casa?” – Mafalda perguntou ao sair.
“Não, hoje há uma reunião de antigos colegas de escola.” – Suspirei. Eu nem conhecia aquelas pessoas, fingir ser a Lana e ir a uma reunião era muito chato. NôvelDrama.Org copyrighted © content.
Mas como havia uma espécie de pressão moral da parte deles, eu, no papel de “Lana”, não podia deixar de ir.
Eu precisava me adaptar rapidamente à identidade da Lana, caso contrário… se eles descobrissem alguma coisa, haveria problemas.
“Então eu vou fazer isso.” – Mafalda se despediu e me trouxe um cappuccino.
Tomei um gole e, franzindo a testa, reclamei quase sem pensar: “Você sabe que eu não gosto dele tão doce, quantos sachês de açúcar você colocou?”
Mafalda olhou para mim e, sem dizer nada, saiu.
Sentada no canto, descansando a cabeça, observei o movimento constante de carros e pedestres pela janela que ia do chão ao teto.
Estar viva… era ótimo.
Eu ainda podia sentir o sol deste mundo e saborear suas delícias.
“Vrrum.” – Meu celular tocou, era outro ex-colega.
“Lana, todos estão trazendo suas famílias hoje. Você, que é casada, tem que trazer seu marido, senão não a deixaremos entrar.” – Do outro lado da linha, várias pessoas estavam rindo.
Estava claro que queriam tirar sarro de mim.
Eles sabiam que eu havia me casado com o “bobo” – da família Macedo e ainda assim insistiam para que eu o trouxesse, era óbvio que queriam zombar de mim e do Fábio.
“Meu marido não está se sentindo bem, então…” – Eu nem tinha terminado de falar e eles desligaram.
Isso me irritou um pouco, pois eles não estavam acostumados com isso.
Mas, na memória de Lana, a única pessoa que havia sido gentil com ela quando ela estava sozinha e desamparada era a professora daquele ano.
Suspirei, levantei-me e puxei a aba do meu chapéu para baixo antes de sair.
Desde que renasci, meu sexto sentido parecia muito mais aguçado do que antes.
Ah, eles estavam bem atrás de mim.
O cara não conseguiu me encontrar e começou a correr em pânico.
Ele caiu no chão, olhando para mim em choque: “Por que você me bateu?”
“Foi o André que me disse para segui-la para protegê-la!” – O homem cobriu a cabeça, mostrando uma expressão de dor.
Ele se levantou, ainda com dor: “Você precisa ter cuidado ultimamente, há muitas pessoas observando você.” – Assenti com a cabeça.