Capítulo 63
Capítulo 63
Por não ter apagado as luzes, Thales pôde ver de imediato o rosto dela franzido em desconforto, e seus movimentos se detiveram por
um instante.
Ele segurou o pulso de Flavia, levantou a manga de seu pijama para olhar, e viu que o cotovelo estava ralado, exibindo um grande
hematoma.
Ao afastar a gola de sua roupa, notou que seu ombro também estava tomado por um hematoma.
Thales levantou o olhar para ela, Flavia tinha os olhos fechados, os lábios levemente abertos, e demorou um bom tempo para se
recuperar.
“Por que não aplicou nenhum medicamento?” Thales perguntou ao remover um curativo adesivo, apenas para descobrir que ela não havia tratado a ferida.
Flavia abriu os olhos, escondendo a expressão de dor em seu rosto, e respondeu a Thales com gestos: Não é nada, não é sério.
Ela temia aplicar qualquer medicamento que pudesse afetar o bebê, afinal, o bebê estava em uma situação delicada..
Thales saiu da cama, começou a revirar caixas e gavetas, e depois de um tempo, voltou perguntando: “Onde está o kit de primeiros socorros?”
Como Flavia sempre cuidava da arrumação da casa, ironicamente, Thales mal conhecia sua própria casa.
Flavia balançou a cabeça, indicando que não queria aplicar nenhum medicamento, e gesticulou: Não temos kit de primeiros socorros.
Thales franziu o cenho, então se aproximou para puxá–la, “Então vamos ao hospital.”
Flavia hesitou por um momento, depois começou a gesticular freneticamente.
Flavia: Não precisa se incomodar, eu já cuidei disso, realmente não é nada, já cicatrizou.
Flavia: Estou cansada, quero dormir.
Thales a observou por um momento, “Certeza que não quer ir?”
Flavia balançou a cabeça vigorosamente, como se temesse que um movimento mais lento pudesse ser interpretado como um convite. “Então não vamos.” Thales finalmente a deixou em paz, voltando a se deitar na cama.
Desta vez, ele não fez mais nada, apenas a abraçou pela cintura e adormeceu.
A luz do quarto estava brilhantemente acesa.
Ele não gostava de dormir com as luzes apagadas, porque ela não podia falar, especialmente mais quando faziam. Se apagassem as luzes, ele não poderia ver nada.
Com o tempo, raramente apagavam as luzes do quarto.
Eles se casaram há três anos.
Vivendo juntos, quando Thales a beijou pela primeira vez, e Flavia olhou para ele com um rosto inocente, e Thales a observou por um am longo tempo, dizendo que se sentia como se estivesse cometendo um crime.
Ele dizia isso, mas seu corpo sinceramente a guiava para o abismo.
A voz baixa do homem ecoava em seus ouvidos, dizendo–lhe para não ter medo, para ser obediente.
Naquela época, Flavia pensou que essa era a maneira de estabelecer o amor entre um homem e uma mulher, então ela obedecia, fazendo tudo o que ele dizia.
Mas, mais tarde, ela descobriu que isso não era amor.
Era desejo, uma obrigação entre marido e mulher.
A frequência de suas íntimas não determinava a profundidade do amor.
Alguém lhe disse que esse tipo de coisa, mesmo sem amor, poderia ser intensamente apaixonante.
Amor e sexo nunca foram sinônimos.
Quando Flavia acordou novamente, era meio–dia.
A primeira coisa que ela fez foi verificar seu celular, mas Bianca ainda não havia respondido.
Flavia olhou para as mensagens enviadas, que pareciam ter afundado no mar, e seu coração afundou junto.
Tudo isso foi causado por ela, eta natural que Bianca a culpasse.
De fato, como alguém como ela poderia ter amigos… Têxt © NôvelDrama.Org.
Capítulo 63
Flavia sentou–se no sofá, ela aumentou o volume da televisão ao máximo, mas ainda assim não conseguia encobrir o ar gelado da mansão.
Sérgio concordou com as condições de Thales, ajudando–o com os trâmites de entrada no país. No entanto, a situação com Bianca não foi bem controlada, pelo contrário, piorou.
As ações da família Tavares caíam todos os dias, quase evaporando bilhões, e o pai de Bianca ficou com os cabelos brancos em apenas alguns dias.
Bianca parou na porta do escritório, observando a figura abatida de seu pai, com uma expressão complicada.
Thales, apenas movendo seus dedos, havia causado sérios danos para toda a família Tavares.